Nós Somos

A Cia. de Teatro Tumulto, formada por atores da Cidade de Deus e de outras comunidades do Rio de Janeiro está ligada diretamente à CUFA , sob direção geral de Anderson Quak e Liz Oliveira.
Tem como objetivo primordial ofertar novas telas e óticas para o teatro brasileiro. Reforçar os laços de cultura com a população de acesso restrito. Como lema, os atores adotaram a máxima:
Tumultuar. Contrariar o óbvio. Impressionar. Desconcertar. Mexer com quem está quieto.”
São produções de qualidade, propostas inovadoras, num teatro comunitário ousado e uma arte comprometida com as questões do homem contemporâneo.
O núcleo de dramaturgia se prolifera a cada movimento distinto em classes especializadas para jovens e crianças.
Promove o intercâmbio cultural, por meio de mesas de relacionamentos, debates, encontros artísticos e governamentais, e marca sua presença na inserção sócio-cultural.
Conquistou o apoio cultural de representantes do teatro brasileiro, como Lázaro Ramos, Maria Padilha, Babu Santana, Mariana Ximenes, Guida Viana, Thais Araújo, Tereza Gonzalez e muitos outros tumultuadores.
A inserção de parcerias, apoios e patrocínios, por partes privadas ou governamentais, contribuirão para a expansão e profissionalização teatral, com efeito multiplicador comunitário.
Mundo afora, a Cia de Teatro Tumulto recebe o apoio da Secretaria da Cultura do Governo do Estado.

Capítulos Artísticos

· Prazer em Família

· Paranóia Carioca
· Carroça da História
· Paparutas
. Navio Negreiro
· A Nóia da Paranóia
· Papo Calcinha

. Burgues da Lata

quarta-feira, dezembro 24, 2008

TUMULTOLODUM



Na primeira semana de dezembro, após assistir aos espetáculos "Ó paí ó" e "Áfricas", não esperava ver algo tão maravilhoso.

O Bando de Teatro Olodum em sua passagem pelo Rio de Janeiro com a apresentação de várias montagens de seu repertório, bem como a ministração de oficinas para atores, permitiu à Cia. de Teatro Tumulto, aos jovens do Jongo da Serrinha, entre outros, a possibilidade de se aperfeiçoarem ainda mais na arte dramática.

O grupo, que surgiu em 1990, inicialmente vinculado ao bloco-afro de mesmo nome, tem como principal característica a forma clara com a qual procura se comunicar com seu público, seja através das danças, figurinos e adereços ou simplesmente através do texto. O Bando é capaz de nos transportar para o universo que propõe. Com o reconhecido sucesso do filme e do seriado exibido recentemente na televisão, "Ó paí ó" se passa nos arredores do Pelourinho, em Salvador - BA e nos apresenta personagens genuinamente brasileiros com os quais é impossível não se identificar. O elenco, formado por atores e músicos, além de compor muito bem seus personagens (tipicamente baianos em sua maioria), também canta e dança graciosamente as coreografias. As músicas também são um ponto alto do espetáculo.

"Áfricas" foi produzido especificamente para o público infanto-juvenil e retrata de forma lúdica, situações e lendas do continente africano, com espetaculares performances musicais.

Após a paixão à primeira vista pelo grupo, a Cia. de Teatro Tumulto foi agraciada com um convite para participar das oficinas que seriam ministradas pelo Bando.

Na segunda-feira, dia 08.12, no espaço do Grupo Tá na Rua, na Lapa, Zebrinha, coreógrafo do Bando de Teatro Olodum, fez com que os participantes da oficina recebessem um verdadeiro estímulo cultural, ao aprender a homenagear os orixás e a agradecer e aproveitar as energias vindas do próprio solo.

Depois foi a vez de vivenciar momentos nostálgicos ao ativarmos nossas lembranças na oficina de Memória, ministrada por Cássia Valle, atriz do Bando. Balas, paçocas e jujubas, bem como o manuseio de massa de modelar para a criação de objetos vivos em nossas memórias, nos ajudaram a praticamente voltar à infância. A participação de conhecidos integrantes da Cia. dos Comuns, Débora Almeida e Valéria Monã, também foi muito gratificante.

No dia seguinte, ainda com o corpo dolorido em função do vasto aprendizado com Zebrinha, foi a vez de Chica Carelli (autora e diretora de várias peças do repertório do Bando) dar seu recado na oficina de Interpretação. Fomos conduzidos a montar uma história baseada em nossas próprias lembranças e criar um personagem que agisse, falasse, se locomovesse e respirasse de forma totalmente diversa da nossa. Depois separados em grupos, cada um apresentou seu personagem e ao final, montamos uma cena que foi avaliada pelos demais grupos.

A segunda aula com Cássia nos fez pensar a respeito da Identidade, ou seja, o que nós somos, o que não podem nos tomar, a nossa verdadeira cultura. Fechamos o dia de trabalho com cenas que retratavam o tema em estudo.

No último e intenso dia, mais uma vez tivemos aula com Zebrinha. Foi um momento de total superação para a maioria do grupo, pois percebemos que éramos capazes de dançar da mesma forma que tanto admiraramos nos espetáculos. No final do dia, Chica nos guiou para que nos "transformássemos" em animais e depois tentássemos nos comunicar como eles, contando uma história. Num outro momento do exercício, como se os animais soubessem falar, contamos a mesma história com palavras compreensíveis, porém mantendo as características dos animais que nos inspiraram. Dessa forma, tivemos mais uma oportunidade de aperfeiçoar nossos estudos ao lado de profissionais tão gabaritados quanto admiráveis. Fica um verdadeiro gostinho de acarajé, digo de "quero mais".

Thiago Ramos
ator e produtor da Cia. de Teatro Tumulto
thyagoroderich@hotmail.com

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Prêmio Hutúz 2008_Carnaval Hutúz



No dia 27 de novembro não havia mais espaço para tanta alegria, energia e foliões felizes no palco do Canecão.

A TUMULTO, saída do telão para o palco do Canecão (até rimou) fez a abertura do Prêmio Hutúz 2008_Carnaval Hutúz junto com o grupo Maracutaia, e sacudiu com força total a platéia que lotava o Canecão.

Interessante foram alguns artistas se reconhecerem no vídeo através das caracterizações feitas pelos atores da Tumulto, além de Ivo Meirelles representado pelo ator Leandro Santos, estavam presentes na platéia e no vídeo, Quitéria Chagas e Selminha Sorriso, representadas respectivamente por mim, Lutieni Galiza e a atriz Dilene Prado.
Só faltou o Neguinho da Beija-Flor, que estava representado pelo ator Thinnyn Magalhães.

A noite de premiação foi marcada por muita expectativa e alegria por parte da platéia e dos indicados ao Prêmio Hutúz 2008, que tinha os atores da Cia Tumulto, Paulo Hasta e Cacau Amaral também entre eles, nas categorias DEMO MASCULINO e HIP HOP CIÊNCIA E CONHECIMENTO.

Dentre tudo que vi, um dos pontos altos foi quando MV Bill, quem anunciou os indicados e entregou o prêmio de Melhor Vídeo Clipe, mandou o papo reto para a MULTISHOW, uma das promotoras do evento, a respeito da exibição dos vídeos clipes de hip hop nacionais em seu canal, considerando que os clipes exibidos no Hutúz foram muito bem produzidos e que houve uma melhora fabulosa na qualidade deles de 2 anos pra cá, segundo avaliação do próprio Bill. Então qual era a desculpa para a MULTISHOW não exibi-los?
Se liga MULTISHOW!!!

Outro momento alto foi da fala de Tony Tornado, grande ator e cantor negro, de que o Prêmio Hutúz o fez lembrar de sua conquista no V Festival Internacional da Canção, com a música "BR-3".

E fechando com chave de ouro, a bateria da Portela levou o Canecão à loucura com muito samba e lindas passistas misturadas aos manos e às minas no palco quebrando as cadeiras e sambando tudo!!!

Agora é esperar pelo ano de 2009, quando o Hutúz fecha o seu ciclo de 10 anos, após dar visibilidade e mostrar o poder que há na cultura Hip Hop para que esta mantendo-se forte, lance novos talentos e premie novos nomes através de novos eventos pelo Brasil.


Por Lutieni Galiza
atriz da Cia de Teatro Tumulto
lutieni@yahoo.com.br
TUMULTO NO SESC



Durante os dias 20, 21, 22 e 23 de novembro, Anderson Quak, Andréa Gomes, Liz Oliveira, Juliana Moraes, Thiago Ramos, Viviane Paranhos, Cacau Amaral, André Santana, Ana Paula Borges, Leandro Santos e Ceição Valladares, integrantes da Cia. de Teatro Tumulto, participaram da oficina do Grupo Estado Dramático oriundo da BAHIA, realizada no SESC da Barra da Tijuca.


O primeiro dia já mostrou exatamente o que estava por vir. O aprendizado no dia em que comemoramos a Consciência Negra, foi de extrema importância para todos os atores.

O intercâmbio promovido pelo projeto do Palco Giratório foi composto pelo conhecimento do Grupo Estado Dramático e da Cia. Tumulto e foram fundamentais para a proposta que viria a seguir. No mesmo dia, à noite, Maurício Assunção apresentou o monólogo "Casa de Ferro", em que exibiu ampla desenvoltura corporal e pontuou o espetáculo com detalhes cênicos, os quais havia comentado durante toda a tarde.

Exercícios de respiração e expressão corporal foram sendo conduzidos de forma a montar um espetáculo para a conclusão da oficina.
As sensações extraídas das cores deram o tom do penúltimo dia de oficina.
Através de simbolismos e com o desenvolvimento de frases que expressavam os sentimentos dos representantes de cada cor, o trabalho de finalização do intercâmbio, apresentado no último dia (domingo), foi aperfeiçoado de tal forma que o transformou em um espetáculo difícil de ser esquecido.

A força e a sensibilidade demonstradas pelos
atores, tanto na execução da montagem bem como durante a preparação da cena, foram essenciais para a apresentação de um belo espetáculo, onde foram notáveis as características básicas da Cia. Tumulto e onde percebeu-se a fácil e total assimilação pelo público presente na Praça Tim Maia no Recreio dos Bandeirantes.


O cenário natural com a praia ao fundo, parecia escolhido a dedo para um encaixe perfeito entre a peça, seus personagens, cores e a platéia, formada principalmente por banhistas de um dia nublado e amigos da Cia. Tumulto.
Viva a diversidade de cores/raças!

Thiago Ramos
ator e produtor - Cia. de Teatro Tumulto
thyagoroderich@hotmail.com

"Fórum Livre de Direito Autoral - O Domínio do Comum"


ECO/UFRJ sedia em dezembro o Fórum Livre de Direito Autoral


A Escola de Comunicação da UFRJ promoverá, nos dias 15, 16 e 17 de dezembro, o "Fórum Livre de Direito Autoral - O Domínio do Comum", em parceria com o Ministério da Cultura (MinC) e Rede Universidade Nômade.

O Fórum se propõe a ampliar as discussões sobre os impasses da atual legislação de propriedade intelectual, buscando compatibilizar a proteção legal dos direitos com o acesso a cultura, num cenário de mudanças sociais e tecnológicas que subverte as relações tradicionais com o direito autoral. Inscrições estão abertas pelo site do evento: http://forumdireito autoral.pontaoda eco.org/

Participam do Fórum alguns dos maiores especialistas nas mutações do capitalismo contemporâneo, como o italiano Antonio Negri e o norte-americano Michael Hardt, autores de "Império" e "Multidão". O tema dos "commons" e as mutações na propriedade intelectual no Capitalismo Cognitivo atravessam os debates.

A Cultura do compartilhamento e da cópia, o uso educacional e não-comercial de filmes, livros e música, o direito de acesso aos bens culturais, a criminalização dos consumidores, as novas formas de negócios "abertos", o domínio público, as novas formas de licenciamento e de remuneração do autor e os impasses e desafios para criadores, produtores e consumidores de cultura e seus agentes serão debatidos por teóricos, professores universitários, advogados, líderes de movimentos sociais e empresários, estudantes de Comunicação, Direito, Economia, criadores, etc.Em virtude das mudanças sociais, do avanço tecnológico e do conseqüente surgimento de novos arranjos de produção e distribuição de cultura, a questão do direito autoral mobiliza não apenas os profissionais do Direito, mas múltiplos segmentos da sociedade. O próprio Ministério da Cultura vem promovendo, ao longo do segundo semestre de 2008, dentro do Fórum Nacional de Direito Autoral, seminários de discussão do tema. O Fórum Livre terá a participação do Ministro da Justiça, Tarso Genro; do Secretário de Políticas Públicas do Minc, Célio Turino; e do Coordenador Geral do Direito Autoral do Minc, Marcos Alves de Souza.

O Fórum propõe ampliar os questionamentos políticos, sociais e éticos, oferecendo mecanismos de produção e possibilidades de políticas públicas e de arranjo legal que democratizem o acesso à cultura, sem prejuízo aos produtores e empresários desses setores. Pretende-se também mobilizar estudantes, professores, advogados, profissionais da Comunicação, ativistas e produtores culturais em torno das mudanças urgentes e inadiáveis na relação entre os poderes público e privado e o setor dos direitos autorais.

O Fórum Livre dos Direitos Autorais tem o formato de Seminário, com a realização de oito mesas, abertas ao público, com transmissão on-line.

Ao final do Fórum, as propostas discutidas ao longo de três dias serão encaminhadas para o Ministério da Cultura em carta aberta da sociedade civil propondo mudanças na lei.


Inscreva-se clicando aqui (os participantes terão certificado) e confira a programação completa clicando aqui.

Fórum Livre do Direito Autoral – O Domínio do Comum

Dias 15, 16 e 17 de dezembro de 2008 – Rio de Janeiro
Local: Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ (Auditório Pedro Calmon) – campus Praia Vermelha
Av. Pasteur, 250. Praia Vermelha. Tel. 21 3873-5067
Site: http://forumdireito autoral.pontaoda eco.org/
Realização: Ministério da Cultura (MinC)
Organização: Escola de Comunicação da UFRJ e Rede Universidade Nômade
Apoio: Pontão de Cultura Digital da ECO/Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ
Mais informações:

Pontão de Cultura Digital da ECO UFRJ: pontao.eco@gmail.com

Assessoria de Imprensa da ECO/UFRJ: Elizabete Cerqueira: ecoufrj@uol. com.br

segunda-feira, dezembro 01, 2008

RIO: O TAMBOR CULTURAL QUE NÃO FAZ BARULHO, TERRITÓRIO ONDE A "SEGURANÇA" MATA ATÉ ARTE



Que tambor é este que não toca e não embala o bloco da preservação e recuperação do seu patrimônio cultural?

Que tambor é este que não embala com mais força e mais investimentos públicos os movimentos culturais periféricos que vêm assumindo a tarefa de construir identidades e atuar de maneira positiva na inclusão produtiva de jovens daqueles territórios marcados pela violên
cia?

Que tambor é este que não toca a marcha fúnebre, quando a polícia e o seu mais novo brinquedo - o "Caveirão Voador" - invade (na última sexta-feira) a comunidade da Serrinha em Madureira para realizar operações e destrói
a Escola de Jongo do Grupo Cultural Jongo da Serrinha, de acordo com informações da coordenadora executiva do grupo Dyonne Boy?

A polícia matar gente tem sido algo que a população carioca as
siste com passividade. Há até setores da sociedade carioca que aplaudem esta lógica de combate ao crime e, dão forma à massa "crítica" que na realidade é o estrato da mediocridade sócio-política da cidade que sustenta no inconsciente a idéia de que é politicamente correta.

Parece que ceifar vidas, desrespeitar os direitos humanos e transgredir direitos d
os estratos empobrecidos, pretos ou quase pretos da cidade, já não é tão inovador para a política de segurança em nosso Estado. A nova modalidade de execução agora é eliminar, com o aparato repressor, tradições culturais, pois destruir um espaço de preservação da memória afro-brasileira, de preservação da cultura do jongo, que atua na Serrinha como ferramenta pedagógica de educação e desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens é a demonstração de que esta nossa polícia é capaz de matar qualquer coisa que vê pela frente.

Pena que não confiaram naquele coronel (denunciado pelo Comissariado de Direitos Humanos das Nações Unidas), que atou na guerra do Complexo
do Alemão, e que disse que o remédio para a dengue era a polícia. Bom, se eles conseguem investir para matar um patrimônio imaterial, matar mosquito com armas de fogo fica parecendo coisa fácil.

Este tambor não toca mais, pois resistiu à voz de prisão em outros tempos como na ditadura militar, mas foi assinado com um tiro de fuzil. Que seja lavrado o auto de resistência, uma tradição de cultura popular resistiu e levou uma saraivada de tiros.

Alô artistas, produtores e agentes culturais, estejamos atentos, assim vamos saber melhor redigir a mensagem da coroa de flores da próxima arte e/ou linguagem que o nosso medo vai enterrar.





JUNIOR P
ERIM
Coordenador Executivo da ONG Crescer e Viver
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(21) 8669-1830

domingo, novembro 23, 2008

Encaixe Perfeito


A Cia. Tumulto, na aula de sábado (8), foi agraciada com as presenças do ator e dramaturgo Daniel Chagas, do Grupo Milongas, e o ator Rafael Queiroga, do Z.É.-Zenas Improvisadas. Fazendo uma referência ao conteúdo que nos foi transmitido, classificar esse encontro como bom seria pouco. Foi ótimo!!!! Digamos que foi o "encaixe perfeito" entre trabalho corporal e improvisação.

Vimos o quanto é importante a preparação de um dos nossos principais instrumentos de trabalho O CORPO, vimos também que é um trabalho árduo. "Os atores são como atletas, a cada dia temos que aprimorar a nossa técnica. Eles treinam todos os dias para bater o próprio recorde, mesmo que seja em 1 milésimo", nos explicou Daniel Chagas.

Disciplina é o primeiro impulso. Com disciplina na nossa preparação chegaremos a um ponto em que a nossa técnica se tornará subconsciente e automática, como respirar, que também exige técnicas para termos fôlego, principalmente na hora em que alguma representação nos pede a junção da ação com a fala ou o canto. Musical é um grande exemplo.

O corpo em determinados momentos vale mais que as palavras. Por exemplo, se seu corpo não condiz com o que você está representando é um "CORPO MORTO", por isso são essenciais os exercícios de respiração e alongamento, a preparação vocal. Importantíssimos para o aperfeiçoamento constante do ator, para que o seu corpo na hora da representação esteja em total harmonia com você, seu personagem e com o trabalho que está sendo mostrado.

Os exercícios de improvisação mostram o quanto temos que estar atentos ao que parceiro fala, ao momento em que se vai falar, à história com início meio e fim, com conflitos, como eles serão resolvidos ali na hora. O foco é muito necessário, sem ele a verborragia predomina, a história não tem pé nem cabeça. Por isso é importante estar atento à fala do seu parceiro. Não seja platéia. Não tente só você fazê-la rir ou chorar, todos têm que fazer. A concentração é fundamental e a harmonia de grupo também.
De acordo com Daniel Chagas, "ninguém é insubstituível, mas somos únicos", então façamos a “unimultiplicidade” que é o Teatro.


Paula Pardon
Atriz da Cia. de Teatro Tumulto
paulapardon@pop.com.br


Visite o site:
http://www.grupomilongas.com/index.html

http://www.zenasemprovisadas.com.br/

domingo, novembro 16, 2008

Novas manifestações culturais


A manifestação cultural é, sem dúvida, a voz social, uma maneira do ser humano expor seu interior, o que pensa, o que deseja fazer, mover, ou modificar, numa busca incessante pelo novo e em prol da vida. Várias são as formas de se expressar, na telona, na TV, na literatura, na música, na dança e em outras muitas perform
ances.

O que se observa atualmente é que a manifestação popular tem conquistado espaço na mídia, o que não acontecia antigame
nte, devido à influência da classe alta. A cultura "do morro e da favela" ganhou as ruas e o Brasil com o funk, grupos de teatros, novos cantores românticos e até bailarinos.

O Grupo Cultural Afro-Reg
gae é um exemplo vivo de que a arte derruba barreiras e possibilita a realização de sonhos.


Nascido na favela de Vigário Geral, o Grupo Cultural AfroReggae é exemplo de sucesso no uso da música em prol de uma causa nobre. Ao oferecer uma formação cultural e artística para jovens moradores de comunidades, o projeto os ensina a construir cidadania e a escapar do caminho das drogas e do desemprego.

Apesar de lidar com diferentes atividades, por meio de oficinas, a música é considerada o melhor instrumento para atrair os jovens à participação. Além de um grupo de sucesso, a Banda AfroReggae pode ser vista, hoje, como um modelo de projeto social. Por essa razão, mais três grupos musicais já estão se formando em Vigário Geral: Banda Makala Música e Dança, Afro Lata e Afro Samba.

Coordenador de percussão do Grupo Cultural AfroReggae e percussionista da Banda AfroReggae, Altair Martins vê na música uma forma de quebrar barreiras.

“A música é un
iversal, dispensa idiomas. Não só no Brasil, mas no mundo todo, ela aproxima classes sociais totalmente diferentes e acaba com problemas de comunicação e relacionamento.”

Para Altair, a música é responsável por criar oportunidades e elevar a auto-estima de jovens e crianças.

“A música é o instrumento de agregação e transformação de quadros críticos da sociedade”.

E, investir no potencial artístico de jovens, levando educação, arte e cultura a lugares marcados pela violência é uma forma de criar oportunidades para aqueles que sofrem com o preconceito e a discriminação.

Outro artista que também surgiu na comunidade e está ganhando o Brasil é o cantor romântico CHARLYS DA ROCINHA. Ele começou a cantar aos 18 e se inspira em Roberto Carlos.

CHARLYS DA ROCINHA já vendeu mais CD’s que Roberto Carlos na favela da Rocinha, Zona Sul do Rio, onde mora. O seu CD já bateu a marca de 300 mil cópias vendidas e sua música está em primeiro lugar em vários estados do país. Tanto é que em 2006 realizou 275 shows entre a cidade de São Paulo e os estados do Maranhão, Piauí e Tocantins.

Agora CHARLYS DA ROCINHA vem com DEZ MOTIVOS, seu mais recente trabalho, quarto cd no estilo forró, cuja música de trabalho, também chamada Dez Motivos, já vem sendo tocada em várias rádios por todo o país, principalmente no norte e nordeste, onde ocupa os primeiros lugares em
execução.

Se de um la
do a música desce o morro e invade o país, de outro a TV continua ditando a moda. Através dos personagens das famosas novelas, a indústria da confecção tem altos e baixos em suas vendas.

Hoje, no âmbito geral, pode-se considerar que a chamada “classe baixa” está ganhando espaço na divulgação de sua arte em diversos segmentos culturais. É difícil prever o futuro de cada manifestação, em razão de que cultura se manifesta a cada momento, em cada classe social, seja em uma música, em uma coreograf
ia, numa peça teatral, num poema... Enfim, o futuro da cultura é o presente, e o presente se faz a cada momento.


Stéphanie Alves
aluna
da oficina de teatro da Cia. Tumulto
stephanieealves@hotmail.com


Visite os sites:
http://www.afroreggae.com.br/
http://www.flogao.com/charlysdarocinha

Por Jô Cardozo


Há tempos eu não ia a uma peça de teatro, pois confesso que é algo, hoje em dia, que tem que me prender muito. Um amigo, que trabalha como Vj na peça “Renato Russo” me convidou para ir nesse espetáculo. Eu topei na hora, toda minha infância passara escutando Legião por causa de minha irmã mais velha, apesar de conhecer pouco sobre a pessoa como indivíduo eu o conhecia mais como músico.

Quando começou a peça, confesso que fiquei um pouco frustrada, por ver um cara como o plágio de Renato Russo, cabelos e barba pintados como os do próprio e a voz nada parecida com a do original. A banda Arte Profana tocava atrás do palco, e quando se fechava os olhos parecia o verdadeiro Legião Urbana, mas só a banda mesmo...

Logo depois, começou a peça e o mais engraçado, fui me envolvendo e me prendendo. O cara gesticulava e falava igual ao Renato Russo (alto, palavrões, gírias, a maneira de cantar), então, percebi o momento da incorporação, quando o ator Bruce Gomlevsky se desprendia do seu “Eu” e encarnava o maior cantor e compositor do Rock Brasileiro da década de 80. Eu olhava para os lados e percebia, o mesmo olhar que o meu. Pois é! Realmente, eu estava impressionada com tal atuação, confesso que é difícil imitar alguém e ainda mais fazendo um “monólogo”, que é a minha preferência como peças de teatro.

A peça é simplesmente incrível! Assistir como era a vida da pessoa, os seus problemas e frustrações sendo interpretadas. Entre o intervalo das músicas e as atuações o mais interessante é que a peça me deixou tão entretida, que depois até perguntei para os amigos que foram comigo se a sensação deles era a mesma que tive de que, com o passar do tempo ali naquele período de quase duas horas, a voz do Bruce se tornara idêntica a do Renato. Você até acredita que é ele mesmo que está ali cantando e falando, sem imitação, que é real. Foi absurdamente espetacular sentir e ver isso. Era simbólico ver Bruce se alisando, deitando no chão e se arrastando como Renato fazia em diversos shows já vistos. Cheguei a chorar quando vi, tamanha a crença no que estava assistindo.

Bruce coloca na veia no espectador toda a história de Renato. Entre linhas, conta primeiramente sobre sua vida no Rio de Janeiro, depois sua ida para os EUA com a família, o que explica seu inglês fluentemente. Conta quando voltou a morar um tempo no Rio de Janeiro e sua família resolve ir para Brasília. Com 15 anos descobriu-se que Renato possuía uma doença rara chamada “epitisiólise” (uma doença óssea), em que ele passa um bom tempo na cadeira de rodas e deitado, sem nenhum movimento. Logo depois, ele viera a descobrir que tinha que transformar suas poesias e que poderia transformá-las em músicas, o que dava mais motivação para sua melhora. Em seguida o envolvimento com drogas, mulheres, homens. Sua inserção na primeira banda chamada “Aborto Elétrico” (antes da Legião) com Felipe Lemos e André Pretorius. Um profeta que antevia tudo o que podia acontecer de uma situação que ele convivia ou veria um tempo depois.

A cada passagem que o Renato teve em sua vida, ele escrevia uma história e transformava em música como Eduardo e Mônica, Geração Coca-Cola, Ainda é Cedo, Tempo Perdido, Será... Toda essa mistura dava o sucesso da Legião Urbana com Marcelo Bonfá, Renato Rocha, Dados Villa-Lobos e o próprio Renato Russo... Começaram os diversos shows por Brasília, que era a cidade do desespero para bandas de rock, pois a educação era pouca para dias de eventos... Muita revolta, década dos anos 80, jovens totalmente rebeldes, não tinham limites e nem noção para assistir ao show e mesmo eles sendo a banda de rock brasileira mais famosa daquela época, também não passavam batidos pela injúria da galera de Brasília... Em homenagem, a todo esse transtorno ele fez a música “Que país é esse?”, na qual relatava que ninguém respeitava a constituição e mesmo assim acreditava no futuro da nação, um fato que acho que até ele mesmo acreditava.

Em outro momento de frustração, Renato resolve ir para fora do Brasil, pois dizia que aqui não havia mais respeito pelos músicos e que não estava dando dinheiro, porque os shows estavam totalmente defasados e ele precisava se distanciar para trazer um novo trabalho. Nos EUA, conhece Scott que se torna seu amigo e o leva para o mundo da heroína. Renato acaba se apaixonando por Scott com quem ficou um bom tempo.

Com a queda das poupanças do Governo Collor, ele diz que tem que voltar, pois teria que fazer algo, levantar uma grana com shows. Estava começando a falir, a venda de seu cd italiano ainda não havia feito tanto sucesso e também porque descobriu que seu filho havia nascido e que a mãe dele havia morrido, ele pede a Scott que volte com ele para o Brasil. Chegando aqui, ele pega seu filho recém-nascido assume sua paternidade, leva-o para a família e assume também sua homossexualidade, tornando-a pública. Depois ele faz a música, Pais e Filhos em homenagem ao nascimento do seu filho em que relata que a mãe da criança se atirou de uma janela... Com depressão pós parto (acho que era isso)...

Gravou mais dois cds antes de vir a falecer, o italiano, totalmente dedicado ao Scott e mais um com a Legião. Logo depois, entra em depressão profunda devido a sua crise amorosa, compondo a música de sucesso nacional Vento no Litoral.

Diante de tudo que redigi, subtende-se que uma pessoa (que no caso sou eu), que não sabia nada da história da vida de Renato Russo, hoje pode contar a vida dele, porque parece que sentei com ele durante uma entrevista de duas horas e agora faço parte do vínculo de amizade de Renato Russo. Isso se dá, por um trabalho tão perfeito feito pelo ator Bruce depois de uma pesquisa de mais de 5 anos e com o apoio total da própria família de Renato. Tive a oportunidade de trocar uma idéia bem rápida com o Bruce onde eu soube desse detalhe da pesquisa dele e como ele montou a sua equipe. Hoje na verdade a venda da peça, quase nem acontece mais, pois já é contratada automaticamente. Se o cara quiser ficar fazendo isso a vida toda, tá feito.

O mais interessante foi conversar depois com a equipe e saber da receptividade da peça em cada cidade. Eles disseram que no Rio de Janeiro todos os dias esgotam, mas que é mais impressionante quando fazem show no Centro-Oeste, Sul e Nordeste, onde as pessoas não ficam sentadas como em um teatro normal, eles se levantam, pulam e cantam como se fosse mesmo um show da Legião e que por diversas vezes o Bruce acredita ser o próprio Renato e estende o show cantando diversas músicas pedidas pelo próprio público.

Quando eu gosto de um trabalho também procuro pesquisar sobre, saber mais e ainda sim, espalhar para todos, o quanto é bom e vale à pena gastar uma grana para assistir uma peça que está campeã de bilheteria pela 3ª vez na cidade do Rio de Janeiro, no Teatro João Caetano. Dirigida por Mauro Mendonça Filho que dito por ele, o ator Bruce Gomlevsky, “recria a alma, e não a imita".






Jô Cardozo

aluna da oficina de teatro da Cia. Tumulto
jo_cine_roteirista@oi.com.br



Visite o site:
http://www.renatorusso.com.br/

quinta-feira, setembro 18, 2008

" O SUPER SINCERO LUIZ FERNANDO GUIMARÃES INVADIU A TUMULTO E DEU DICAS DE UM SEDUTOR"


Continuando os encontros no curso de formação de ator da Cia. de Teatro Tumulto, realizado aos sábados na base da CUFA - Cidade de Deus, tivemos a participação enriquecedora do ator e comediante Luiz Fernando Guimarães no dia 16 de agosto de 2008. O simpatico convidado já explicando aos alunos do curso que não sabe dar aulas pois " não é professor". Arrancando gargalhadas do grupo e partindo para um Bate-papo muito interessante, no qual nos relatou sua trajetória como ator e a transição de um ex -Bancário para o mundo do teatro com o famoso e revolucionário grupo de Teatro " Asdrubal Trouxe o Trombone", Luiz Fernando estreou com a peça " o Inspetor Geral" e se manteve durante doze anos no grupo ao lado de outros grandes artistas de sua geração como: Regina Casé e Evandro Mesquita. Após a animada Conversa, a Cia. Tumulto propôs a encenação de duas cenas improvisadas que foram analisadas pelo ator e refeitas a seguir, remodelando com as orientações do " Professor". Um trecho da peça " Numa Esquina Qualquer" tambem foi exibido ao ator, que parabenizou a Cia. Tumulto pela sua " cara-de-pau".
Thiago Ramos

quinta-feira, agosto 14, 2008

TUMULTO ANÔNIMO


No segundo dia de aula com professores convidados no curso de Sábado da Cia. de Teatro Tumulto realizado no último dia 09 de Agosto, já houve uma quebra do convencional: ao invés do professor ir até a base da CUFA , os alunos é que foram até o professor, mais precisamente até a Fundição Progresso no tradicional bairro da Lapa, onde funciona a sede do Teatro de Anônimo. A " anônima" Regina Oliveira, integrante do grupo desde a primeira formação, ministrou um aula onde os alunos puderam exercitar a concentração e a cumplicidade, que são essenciais para qualquer montagem teatral. Através de jogos importantes para o desenvolvimento da percepção e da generosidade, Regina incentivou os integrantes da Cia. de Teatro tumulto a aperfeiçoarem seus talentos com ritmo, agilidade e improvisação. A professora orientou ainda, que até mesmo através de " brincadeiras infantis", tais como " escravos de Jó" e " dança das cadeiras", podemos realizar exercícios que auxiliam no estudo do Teatro.
Thiago Ramos


TUMULTUANDO O PALCO GIRATÓRIO

O projeto Palco Giratório, onde grupos de diversas localidades fazem um ciranda cultural percorrendo mais de vinte cidades de todo o Brasil, trouxe até nós o grupo gaúcho Cia. do Giro, que através de convite formalizado pelo SESC, convidou a Cia. de Teatro tumulto para um Workshop específico de "Clown" e ''Bufão", ministrado pelos professores palhaços Daniela Carmona e Adriano Basejo. A dupla elogiou a receptividade com que os integrantes da Cia. de Teatro Tumulto: Alex Borges, Ana Sabbagh, Elaine Raymundo, Fátima Porto, Geysa Ramos, Joana Lopez, Tatiane Veras e Thiago Ramos demonstraram dura nte as três horas de oficina. Após a apresentação individual de todos os envolvidos no trabalho, começaram a primeira parte da aula, onde ficou evidenciado que os atores devem estar sempres atentos ao que acontece ao seu redor, tirando proveito disto para abrilhantar ainda mais sua interpretação.Na segunda parte foi demonstrado que o jogo do ator para com a platéia deve ser ininterrupto, mesmo que não seja um espetáculo onde seja quebrada a
"quarta parede". A aula foi realizada na nova sede do SESC/SENAC.
Thiago Ramos

PREFEITÁVEIS - 2ª DIA

O projeto "PREFEITÁVEIS", realizado pela CUFA, tem por objetivo, possibilitar aos candidatos a prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro uma apresentação mais intimista aos moradores da Cidade de Deus, que por sua vez podem obter respostas para suas questões quanto ao programa de governo de cada candidato. No segundo dia de evento, realizado sempre as 6ª feiras, esteve presente o candidato do PSOL/RJ Chico Alencar, que disse estar lisonjeado com a oportunidade de participar do debate, que desta vez teve como mediadora a Jornalista Sandra Almada. O evento contou ainda com a presença de MV Bill, Anderson Quak e Nega Gizza, que entregou a carta compromisso padrão ao prefeitável. Além da exibição de vídeos editados pela equipe do Audiovisual da CUFA, também houveram apresentações de Break e da Cia. de Teatro Tumulto, sempre marcando presença. Chico, demonstrou ter ficado impressionado com a mensagem do texto, interpretado pelo Ator Ricardo Andrade e, estimulado pelo evento, partiu pensando em vários projetos culturais para empregar na comunidade.
Thiago Ramos

quarta-feira, agosto 06, 2008

TUMULTOS COMUNS



No último Sábado (02.08), a Cia. Tumulto inaugurou as aulas com professores convidados em 2008. O ator Rodrigo dos Santos, integrante da Cia. dos Comuns, apresentou um belo trabalho que colabora bastante com a formação de atores. Após uma preleção na qual relatou de forma sucinta como seria o dia de trabalho do grupo, Rodrigo iniciou uma dinâmica que além de exercitar a memória, auxiliou o grupo a se conhecer um pouco mais. Seguiu-se um momento de expressão corporal no qual as reações positivas foram notórias. Então foi a hora da massagem, em que todos os alunos puderam dar e receber energia, relaxando completamente para o exercício seguinte. O último e inesquecível exercício, permitiu a todos os alunos e membros da Cia. Tumulto, ensaiarem variadas emoções e sentimentos que, de acordo com as palavras de alguns integrantes, nem sabiam que existiam dentro deles. A intensidade do treinamento, aliado a criatividade do ator-professor-capoeirista na composição dos conflitos dos personagens, deram ao curso um pontapé inicial classificado como um legitimo gol de letra.
Thiago Ramos


"PREFEITÁVEIS"

Foi dada a largada para decidirmos o futuro da Cidade do Rio de Janeiro com as eleições municipais de 2008. A CUFA preparou um encontro dos candidatos à prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro com os moradores da comunidade da Cidade de Deus. O encontro foi denominado
" PREFEITÁVEIS".
O intuito do debate é possibilitar a população a expor seus pensamentos e necessidades, dando assim a oportunidade aos nossos candidatos de se expressarem e apresentarem suas propostas.
O primeiro encontro aconteceu nesta Sexta - feira dia 1 de agosto.
O candidato do PT, Alessandro Molon , visitou a base da CUFA na Cidade de Deus juntamente com sua equipe. Logo em seguida, iniciou o debate no teatro da CUFA, que contou com a presença de Mv Bill e Nega Gizza. Além da organização do evento e da participação de Anderson Quak como mediador, a Cia. de Teatro Tumulto, representada pelo ator Ricardo Andrade, participou com uma intervenção teatral muito bem aceita pela platéia e pelo candidato.

Thiago Ramos






domingo, agosto 03, 2008

Quadrilha da CUFA Tumultua Madureira

Quadrilha da CUFA Tumultua Madureira A Festa Julina da CUFA, realizada no último Sábado (26.07), embaixo do Viaduto Negrão de Lima em Madureira, foi marcada pela presença de Tia Marina, que ao ser homenageada pela Cia. Tumulto com um jarro de flores, partiu para um improviso típico de repentistas, realizando um verdadeiro freestyle, que arrancou aplausos animados dos presentes. A Cia. Tumulto começou a agitação e tornou o ambiente até então familiar e discreto em uma grande farra, com uma divertida quadrilha, estalinhos e até o tradicional "casamento" caipira. Anarriê!!!

Thiago Ramos

TUMULTO NO TÉRMINO DO TERRITÓRIO CULTURAL NA CIDADE DE DEUS.


A Cia. de Teatro Tumulto realizou no último Domingo do mês de julho (27.07), o fechamento do projeto Território Cultural na Cidade de Deus. Junto aos artistas da CASA (o Teatro do Anônimo e o Cordão do Boitatá), a Cia. Tumulto somou parte do seu repertório artístico ao espetáculo Tomara que não chova do Território Cultural, que além de muita música, levou também números de mágica e acrobacia para o delírio da comunidade. A grata contribuição da Cia. de Teatro Tumulto ao espetáculo, se deu com a inclusão da esquete Bem-me-quer, que por seu estilo clown adaptou-se perfeitamente aos números circenses do Território e também a um fragmento da peça "Numa esquina qualquer", que inclui performances cômicas e um tanto inusitadas dos atores do elenco. O público, formado por pessoas de todas as idades, aproveitou o clima de festa e de improviso e participou ativamente das encenações, trazendo ainda mais motivação para os artistas. Muitas gargalhadas, muita alegria e amor à arte foram percebidas durante a apresentação. As palavras sinceras e espontâneas de gratidão vindos da platéia, foram um motivo à parte para comprovação de que o evento foi na realidade uma comemoração em grande estilo.
Thiago Ramos

TERRITÓRIO CULTURAL




Após uma pelada de futebol na qual saíram ganhando do time da Cia. Tumulto, os integrantes do evento que está sacudindo a Cidade de Deus neste mês de julho, apresentaram uma aula-espetáculo no palco da CUFA. Liderados pelo ator-palhaço João Carlos Artigos, a Cia. de Teatro Anônimo e os músicos do Cordão do Boitatá, mostraram como é possível entreter com música de boa qualidade e um espetáculo bem humorado em estilo mambembe. A energia empregada foi tão verdadeira, que de forma espontänea, a platéia, formada em sua maioria por integrantes da Cia. Tumulto, se contagiou com aquela atmosfera e com muita dança e fazendo uso até de fantasias, transformou a aula-espetáculo em um carnaval fora de época que, literalmente, acabou em samba.

Thiago Ramos




TUMULTO NAS AMÉRICAS


Através da ampla divulgação e apoio que a Cia. de Teatro Tumulto e a CUFA tem dado a equipe do Território Cultural, a comunidade tem reagido e se motivado a participar do evento que abrange todo o mês de julho na sede da CUFA e nas redondezas da Cidade de Deus. Em mais uma das muitas ofertas no leque de atividades propostos pelo Território Cultural, a apresentação do espetáculo A Descoberta das Américas lotou o Teatro da CUFA na sexta-feira dia 18. Adaptada do original de Dario Fo, a peça encenada pelo ator Júlio Adrião em atuação solo, conta uma história fictícia em cima de fatos verídicos da História Mundial, de forma bem engendrada e de fácil compreensão. O texto, escrito em 1992, demonstra estar em sintonia com o cenário político mundial da atualidade. Ao final, tendo captado inteiramente a mensagem do espetáculo, a comunidade demonstrou estar cada vez mais afinada e grata com as várias propostas trazidas pela Cia. de Teatro Tumulto para gerar cada vez mais atividades culturais e de inclusão social.
Thiago Ramos

sábado, julho 19, 2008

Tumulto no Território Cultural


O Território Cultural continua sua temporada na Cidade de Deus, mostrando que chegou para abalar! Além das oficinas que estão sendo ministradas durante a semana na comunidade, a noite de Sábado dia 12 de julho, começou com o Encontro-depoimento, com as participações do diretor-geral da Cia. de Teatro Tumulto, Anderson Quak, Tia Maria do Jongo, lenda viva da Serrinha e Junior Perim, ator circense e coordenador da ONG Crescer e Viver. O encontro inusitado resultou em um explosivo e surpreendente debate, onde foi relacionada a importância das instituições nascidas nas favelas com a função básica de inclusão social. O público correspondeu entusiasmado, com participações espontâneas onde agradeceram a oportunidade recebida através da Cufa. Não houve como não se apaixonar pela representante da velha guarda do jongo, a doce e sensata Tia Maria do Jongo, que mostrou a importância trazida pelo folclore angolano anexado as raízes brasileiras. Aos 82 anos, contou ainda que a escola de samba Império Serrano, teve início no quintal de sua casa, na Serrinha em Madureira. Ao final do debate, Tia Maria ainda deu uma canja, entoando jongos e sambas de raiz, convidando a platéia a confraternizar, dançando e cantando.
Thiago Ramos.



sábado, julho 05, 2008

Cia. de Teatro Tumulto e Território Cultural agitam Cidade de Deus


No Sábado (05/07) a Cidade de Deus abrigou um carnaval fora de época. A chegada do Território Cultural ao bairro, aliados a Cia. de Teatro Tumulto da CUFA, deu o que falar. A primeira aula em conjunto dos alunos veteranos e calouros do curso de teatro da Cia. Tumulto teve como festa de abertura o próprio evento do Território Cultural, pois juntaram-se a eles com fantasias e figurinos do acervo da Cia. para participar com a mesma alegria contagiante do espetáculo. A abertura do evento itinerante criado pelos artistas da CASA (Cooperativa de Artistas Autônomos), teve início às 16 h com o Cortejo de Abertura, que partiu do prédio da Associação, passando pela Praça Julio Groten, onde arrebatou mais alguns integrantes para o cortejo, chamando atenção com os artistas na perna-de-pau, sambando e cobertos de alegria; até “parabéns pra você” em frente à casa de um morador que fazia aniversário foi cantado. Finalmente, voltaram para a localidade Calmarine, onde começaram uma roda de samba muito animada. Os moradores se juntaram a Cia. Tumulto e receberam de braços abertos os integrantes do Território Cultural, que mostraram com competência e organização, que sabem espalhar alegria. Os grupos Flor do Chorume e Meninas da Serrinha fecharam a abertura do evento com o astral lá no alto. Pela abertura, dá pra ver que esse evento promete.

Thiago Ramos.